terça-feira, 17 de maio de 2011

Projetando o Cotidiano Universitário por Lucas Decarli

Solicitei aos alunos do 1º ano de Publicidade e Propaganda da Fema que projetassem através de fotos e mensagens a sua rotina dentro da faculdade, pessoas-chaves, lugares, objetos... Ficou um trabalho melhor do que o outro. Este que estou postando é do aluno Lucas Decarli, ele simplesmente foi INTENSO, observem.

Caso tenha dificuldade em ler os slides é só clicar na foto que ela fica maior.










Agradecimentos ao Lucas Decarli que disponibilizou seu trabalho.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Por onde anda a Ética?

Fonte: http://cic2013.blogspot.com/
Situações como essas são vivênciadas constantemente no nosso dia-a-dia e o pior é que muitos consideram "normal". Estamos tão acostumados ao caos dos tempos que não conseguimos ficar indignados com a falta de ética, ou seja, com o mal comportamento das pessoas.

Muitas vezes me vejo refletindo sobre os valores que meus pais me ensinaram e o quanto é difícil mantê-los fielmente em minha conduta e ao mesmo tempo me manter competitiva no mercado de trabalho, pagar as contas durante o mês, ter vaga no consultório médico, conviver...

É claro, que temos muitos bons exemplos de pessoas éticas por aí, que colocam princípios como honestidade e fidelidade em primeiro lugar e conseguem ser bem sucedidas. Longe de mim, fazer falso moralismo aqui, minha intenção é provocar a reflexão sobre essa forma de enxergar o mal da sociedade.

O Comportamento Ético é aquele considerado bom socialmente, mas os valores estão sendo dia-a-dia distorcidos, então, como não achar "normal" determinados comportamentos? "Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão!". Robbin Hood, um mito do século XVIII, foi considerado herói porque roubava dos ricos para dar aos pobres, é um exemplo de falta de ética aceitável pela sociedade. Principalmente por ter sido roubado anteriormente pelo Rei Ricardo.

Enfim, mesmo que as pessoas tenham boas razões para faltar com a ética, não significa que elas devam. Um erro nunca vai justificar o outro. Afinal, por onde anda a ética?

domingo, 8 de maio de 2011

As Mamães e o Trabalho

Primeiramente, Feliz Dia das Mães a todos!!! Que este dia seja de comemoração, recordação, união, reconsciliação...

Aproveitando esse dia tão especial a todos nós, vamos refletir sobre como as mães vivem ou sobrevivem as rotinas familiar e profissional. Por experiência própria, posso garantir que não é fácil, rs! Para escrever esse texto mesmo, estou entre o computador e meus dois filhos de 6 e 2 anos, me solicitando o tempo todo para ajudar na tarefa, no desenho, na brincadeira... haja flexibilidade!!!

As mulheres conquistaram seu lugar no mercado de trabalho e provaram que suas competências não estão associadas ao seu sexo, mas a forma como utilizam seus conhecimentos, habilidades e atitudes. É claro que ainda existem funções que a fragilidade feminina e a força masculina se diferenciam, mas são excessões e não regras.

Essa crescente atuação das mulheres no mercado de trabalho, como aborda Alessandra Scorsafa em seu artigo Mãe e ser Mulher no Contexto Social e Familiar, "levou a conseqüências significativas em seu cotidiano. Esse processo social vem adquirindo uma dimensão estrutural no mundo contemporâneo, proporcionando, por exemplo, o aparecimento de métodos anteconcepcionais mais seguros, passando assim, o ter o poder seu próprio corpo e a possível gravidez, retirando de seu companheiro/esposo a decisão da procriação".

Uma outra alteração na rotina da mulher, foi a divisão dos trabalhos domésticos, hoje os companheiros são muito mais presentes nas rotinas familiares, cozinham, lavam louça, passam roupa, cuidam dos filhos, etc. Mas, mesmo assim, é como se os homens tivessem apenas fazendo um favorzinho as mulheres, as responsabilidades com o lar e com os filhos continuam sendo delas. Se alguma coisa some, fica suja, não é realizada, é a mulher que "paga o pato". Não que os homens sejam os únicos culpados por isso, não, as mulheres são as maiores responsáveis por essa condição. As mulheres se sentem nesse papel de Dona de Casa, a cobrança vem delas mesmas na maioria das vezes.

No site Administradores.com.br no dia 06 deste mês apresentou uma resportagem sobre as dificuldades que as mães encontram em conciliar o trabalho com a rotina familiar, e o texto apresentou uma pesquisa do Trabalhando.com que mostra que 57% das executivas têm dificuldade nessa conciliação, 34% dizem que a dificuldade está na falta de tempo para lidarem com os filhos.

As maiores dificuldades das mães com as rotinas do trabalho e da família, está realmente em suprir suas próprias espectativas como mãe, esposa e profissional. O tempo acaba sendo curto mesmo para que a mulher consiga realizar tudo o que deseja num dia. O equilíbrio entre as tarefas do lar e do trabalho é possível, mas exige muita organização, planejamento e determinação. Uma vez que a mulher encontra esse meio termo, com certeza realizará com mais qualidade ambas as tarefas.

Agora, não é nada fácil saber que seu filho ficou com febre em casa com a babá porque você tinha que ir a uma reunião de trabalho inadiável, ou por uma outra perspectiva, se esta reunião não fosse inadiável, com que cara essa mãe adia a reunião com a culpa que os problemas de casa estão invadindo o trabalho?

Pois é bem assim, as mães são extremamente exigentes consigo mesmas, por isso acabam se estressando com freqüência e ficando nesses dilemas existências de ser ou não ser uma boa mãe e ao mesmo tempo uma boa profissional. Mas, são essas vivências, esses dilemas, que transformam a mulher-mãe tão competentes em tudo que fazem e ganhando cada dia mais um lugar privilegiado no mercado de trabalho.

Abraçar o mundo não é possível, então, uma orientação que deixo as mães-trabalhadoras que trabalhem o suficiente para darem aos filhos o que eles necessitam e não o que eles querem; que não valorizem mais as atividades domésticas do que as atividades com os filhos; que tirem um momento para ficar sozinha, ir ao cabeleleiro, curtir o maridão... Não se cobrem demais!!! Apenas vivam cada coisa de uma vez!!!

E eu, vou me ouvir mais, rs... bjs

Referências

domingo, 1 de maio de 2011

Trabalho Enobrece o Homem?


Fonte: fotosearch
 Neste dia 1º de Maio, Dia Mundial do Trabalho, não resisti a criar um post que falasse sobre a importância que este tem na vida de todos nós. Para algumas pessoas o trabalho é tratado com tanto amor que são conhecidas como Workalovers; outras dão tanta importância ao trabalho que só fazem isso e são conhecidas como Workaholics; e outras ainda possuem aversão ao trabalho e são conhecidas por todos como "preguiçosas", "vagabundas" mas podem estar na verdade, com a Sindrome de Burnout.

Workaholic é uma expressão americana que vem da palavra alcoholic = alcoólatra, justamente porque significa que a pessoa é viciada no trabalho. Sua compulsão pelas atividades profissionais é tão grande que a pessoa não consegue se quer pensar em outra coisa. Tudo que faz é voltado para o trabalho, a família, diversão e amigos são planos secundários. Quando o Workaholic consegue um tempo para a família e amigos o seu principal assunto é o trabalho. Com isso, as pessoas do seu convívio acabam sendo as mesmas do trabalho, pois as demais não conseguem conviver com um Workaholic, é difícil competir com o trabalho dele o tempo todo. O Workaholic tem dificuldade em separar o trabalho da vida pessoal, então acaba trabalhando muitas horas por dia, finais de semana e provavelmente não tirando férias; assim não se casam ou se separam, não têm filhos ou não vêem os filhos crescerem. Mas, se o Workaholic perceber que está dando mais atenção ao trabalho do que deveria - e isso possivelmente só acontecerá se alguém lhe mostrar - ele poderá reverter essa situação, trabalhando com uma agenda, limitando o tempo de trabalho e determinando por dia atividades de lazer com a família e os amigos. Essa pessoa precisará muito da família nessa hora.

A Sindrome de Burnout é uma doença do trabalho e também é uma expressão americana que vem da junção de burn (queima) e out (exterior), representando que o trabalho é um risco para essas pessoas, porque o nível de stress é tão alto que elas "surtam" diante do seu "estressor" - O TRABALHO. As pessoas que possuem essa síndrome começam apresentar um comportamento irritadiço e agressivo, demonstrando não ter mais interesse pelo trabalho, chegando a não aparecer mais para trabalhar, sem se importar com as conseqüências disso. O sentimento de "aversão" é tão intenso que o trabalhador prefere as consequências de não trabalhar, do que enfrentar o trabalho. Geralmente, atinge pessoas extremamente exigentes consigo mesmas e que esperam dos superiores, colegas e clientes o reconhecimento do seu trabalho e não obtêem. A Sindrome de Burnout tem tratamento e é essencialmente psicoterapeutico, mas em alguns casos será necessário o uso de medicamentos (ansiolíticos ou antidepressivos). Uma vez diagnósticado nesta sindrome, o trabalhador tem direito por lei ao afastamento do trabalho até que tenha condições psíquicas para retornar.

Workalover apesar de ser uma expressão americana que significa apaixonado pelo trabalho, tem origem no Laboratório de Psicologia do Trabalho da Universidade de Brasília (UnB). Através de pesquisas neste laboratório, identificaram que existem pessoas que trabalham demais como os workaholics, mas que fazem isso por prazer, por gostar demais do que fazem. Por terem amor no trabalho, conseguem aproveitar bem seu horário de trabalho e quando terminam o expediente não têem a necessidade de continuar pensando ou falando sobre isso, diferente dos workaholics que ficam com a sensação de que sempre ainda possuem algo a realizar, não terminado. A sensação de dever cumprido a cada dia aumenta o desejo pelo trabalho, mas não cobra da pessoa que ela só faça isso e sim que ela tem o direito de realizar o que quiser, com quem quiser, porque já fez o trabalho naquele dia como deveria. Os Workalovers são pessoas bem humoradas, bem sucedidas, que demonstram paciência com as atividades laborais, não estão preocupadas com a quantidade mas com a qualidade das atividades, estão muitas vezes dentro de escolas, universidades, gestões de desenvolvimento e treinamento, pois o amor pelo que fazem é tão grande que sentem a necessidade de ensinar sobre a outras pessoas.

Enfim, o trabalho enobrece o homem porque proporciona a ele a sensação de que seus conhecimentos, experiências, habilidades e atitudes podem fazer a diferença para a empresa e o mundo de forma geral. Porém tudo tem limites e o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal é essencial, caso contrário o que era para enobrecer na verdade empobrece e adoece.

Se for possível escolha trabalho em algo que você ama, se não puder escolher, então, se apaixone pelo que faz!!! E parabéns pelo seus dia: TRABALHADOR!

Referências:

terça-feira, 26 de abril de 2011

RH: Balcão de Reclamações?

A experiência na área de Recursos Humanos me fez perceber o quanto as pessoas adoram fazer reclamações. A procura pelo profissional de RH para "descarregar" insatisfações e descontentamentos com a organização, líderes, colegas de trabalho, salários, benefícios etc. é constante e inúmeras.

Acredito, porque sou funcionária também, que as pessoas se sentem seguras para dizer o que pensam no RH e também confiam que o RH tomará alguma atitude diante da reclamação. O que realmente ocorre quando a reclamação não é só uma reclamação, mas um fato, que pode prejudicar a organização e a pessoa a qualquer momento.

Mas, até que ponto o RH deve absorver todas essas reclamações? Quanto do seu dia o profissional de RH deve usar para essa tarefa? Como identificar se a reclamação é um fato?

Todas as reclamações devem ser ouvidas, SEMPRE, quantas vezes elas aparecerem. Porém, o profissional não deve transformar o RH num "balcão de reclamações", dar mais atenção do que necessita cada reclamação. Como também, o profissional não deve deixar tudo de lado, suas atividades o tempo todo, só porque alguém necessita falar com ele. Organização, planejamento é primordial também, não só as pessoas. Se o profissional não puder ouvir o funcionário naquele momento, peça que volte num outro horário, mas atenda-o no mesmo dia em que o procurou, porque no "calor dos acontecimentos" as pessoas conseguem dizer com mais facilidade o que realmente pensam.

Para identificar se uma reclamação é fato: primeiro, será preciso ouvir, sem a empatia (capacidade de se colocar no lugar do outro) fica muito difícil conseguir ver o que realmente está acontecendo com o funcionário; segundo, o profissional deverá minimizar os sentimentos de raiva, decepção, desgosto e outros que costumam acompanhar as reclamações e nunca incentivá-los; terceiro, será necessário verificar as informações dadas na reclamação, com outros funcionários, com o próprio líder, mas sem levantar um conflito, discretamente; quarto, se ficar provado que a reclamação é um fato, deverá se propor uma ação corretiva imediatamente para o "responsável", caso contrário o funcionário que procurou o RH perderá a confiança e nunca mais relatará o que vê e com isso o RH poderá não ter mais suas fontes seguras de informação; quinto, dar um feedback ao funcionário que reclamou sobre a ação proposta ou já realizada sobre a queixa. Mesmo que a reclamação for só uma reclamação, o feedback continuará sendo necessário, porém, o profissional deverá esclarecer sua investigação, análise e orientar o funcionário a ver a situação de outros ângulos, até que o sensibilize.

Uma ação interessante e que minimiza o "balcão de reclamações" é o próprio RH buscar informações sobre o que está acontecendo na organização antes de virarem reclamações. Ferramentas como Pesquisa de Clima, que identifica a opinião dos funcionários a respeito do apoio da chefia e da organização, das recompensas, do conforto físico, do controle e pressão exercidos e da coesão entre colegas; observação da rotina de trabalho, dos relacionamentos, panelinhas, utilização de equipamentos; análise dos indicadores de desempenho: rotatividade e absenteísmo, produtividade, devoluções e reclamações de clientes; conversas informais pelos corredores da empresa, são formas de se conseguir levantar dados para o planejamento de ações preventivas a insatisfação.

O profissional de RH deve gostar de ouvir "reclamações", mas sempre com o foco em suas SOLUÇÕES. O problema é que muitos dos que gostam de ouvir, são os mesmos que gostam de dividir. Aí, não encontrará nunca uma solução, fazendo do RH um "balcão de reclamações".